Antes mesmo da Índia ser o que conhecemos hoje como Índia, havia uma civilização muito antiga, chamada Harappa – localizada onde hoje é o Paquistão. Esse povo vivia às margens do rio Indo, em harmonia com a natureza, com os ciclos da vida, e cultivava uma sabedoria profunda sobre o corpo, o prazer, a respiração, a presença, a dança… uma forma de viver que mais tarde viria a ser reconhecida como o que chamamos hoje de Tantra.
Com o tempo, por transformações climáticas e outras mudanças, muitos desses povos migraram para outras regiões – inclusive para onde hoje é a Índia. E foi ali que surgiu a necessidade de registrar por escrito esse saber vivo, que até então era transmitido oralmente, pelos gestos, pelas práticas, pelos encontros.
Foi assim que nasceram os primeiros textos tântricos em sânscrito. Ou seja: embora estejam escritos em uma das línguas sagradas da Índia, o Tantra não nasce exatamente da Índia, mas foi ali que ele foi acolhido, preservado e passado adiante.
Por isso, dizemos que o Tantra não é uma filosofia inventada, nem uma terapia no sentido moderno. Ele é um viver, uma forma de estar no mundo. Hoje, claro, esse saber ancestral nos toca de forma profundamente terapêutica – porque ele nos ajuda a nos lembrar de quem somos, a transcender padrões, a viver com mais prazer, leveza e presença.
Esse é só um pedacinho dessa grande tapeçaria de sabedoria que vamos aos poucos redescobrindo. Se esse tema te toca, te convido a continuar acompanhando o blog – aqui, compartilho reflexões, vivências e caminhos possíveis dentro desse universo vivo que é o Tantra.
Com carinho, Dara.
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